B-Link Securitizadora: Copom sobe juros, economistas já estimam Selic acima de 13% e redução na taxa deve ser apenas a partir de 2023!

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, subir a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, saindo de 10,75% para 11,75% ao ano, alcançando assim o maior patamar desde abril de 2017, quando a taxa Selic estava em 12,25% ao ano. Esse movimento de alta já era esperado pelos principais analistas econômicos, sendo a nona alta consecutiva. Para a próxima reunião que irá acontecer daqui 45 dias, a previsão é de um novo aumento na mesma magnitude.

O que chamou a atenção, mais uma vez, foi o comunicado que acompanhou a decisão. No texto, o Copom mostrou preocupação com a deterioração do cenário inflacionário global, em função da Guerra da Ucrânia, e até mesmo com uma piora da situação fiscal no Brasil. Contudo, não dá para dizer que o Copom não cumpriu com o que havia sinalizado no comunicado anterior, em fevereiro, onde sinalizou que iria reduzir o ritmo de alta, que vinha sendo de 1,5 ponto percentual.

Muito se pergunta se a decisão foi mais leve ou mais dura, e, de acordo com o comunicado, podemos dizer que tivemos os dois. Assim como outros BCs ao redor do mundo, a autoridade monetária brasileira terá que aceitar uma inflação mais alta por mais tempo e uma demora maior para trazê-la para meta.

Economistas já começam a prever Selic acima de 13% este ano e acreditam cada vez menos na possibilidade dos juros serem reduzidos ainda em 2022. O comportamento da inflação, sobretudo os preços de commodities, serão fundamentais para saber se o Copom vai insistir em mais altas além do previsto. Desde já, a autoridade monetária sinaliza que está preparado para ser mais contracionista, a depender de como o cenário se desenvolva.

Listamos abaixo a evolução da taxa Selic definida nas últimas 10 reuniões:

· 20 de janeiro de 2021: 2,00% ao ano

· 17 de março de 2021: 2,75% ao ano

· 5 de maio de 2021: 3,50% ao ano

· 16 de junho de 2021: 4,25% ao ano

· 4 de agosto de 2021: 5,25% ao ano

· 22 de setembro de 2021: 6,25% ao ano

· 27 de outubro de 2021: 7,75% ao ano

· 8 de dezembro de 2021: 9,25% ao ano

· 02 de fevereiro de 2022: 10,75% ao ano

· 16 de março de 2022: 11,75% ao ano

E o cenário de incerteza insiste em se perpetuar na vida do empresário, seja pela Covid, inflação e agora pelas incertezas sobre o desenrolar da guerra Rússia x Ucrânia e seu real impacto no médio prazo. Como sempre salientamos, o cuidado com o caixa pode determinar a sobrevivência da sua empresa. Importante analisar e definir uma estratégia e contar parceiros confiáveis, que possam auxiliar a sua empresa mesmo nos momentos mais delicados.

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