B-Link Securitizadora: Inflação segue em alta e Copom sobe juros mais uma vez. O que esperar das próximas reuniões?
05/05/2022

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu no final da tarde de ontem (04/05) por unanimidade, subir mais uma vez a taxa básica de juros da economia (Selic) em 1 ponto percentual. Com isso, o índice sai de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano – o maior patamar desde fevereiro de 2017, quando a taxa estava em 13% ao ano. Esse movimento de alta já era esperado pelo mercado, mas a autoridade monetária surpreendeu ao confirmar que o ciclo de aperto monetário continua. Uma nova alta, de menor magnitude, deve ocorrer na próxima reunião, em junho, e os analistas entenderam que o BC deixou a porta aberta para subir juros mais vezes ao longo de 2022.
O desejo de encerrar o ciclo de aperto monetário em maio chegou a ser expressado de forma enfática pelo próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas o comunicado do Copom, passou uma mensagem de que nova alta deve ocorrer na próxima reunião, ou seriam novas altas?
A decisão da reunião em si não surpreendeu, justamente porque cumpriu com o que havia sido sinalizado no encontro anterior, mas o comunicado deixou claro que o Copom tenta se desamarrar de um compromisso com uma taxa específica à frente e sim, se comprometer em trazer a inflação de volta à meta e com isso garantir a ancoragem de expectativas ao redor da meta. No comunicado, o Copom destaca que a inflação continua surpreendendo negativamente, ressaltando que permanecem fatores de risco em ambas as direções para a inflação, com destaque para as pressões inflacionárias no exterior e uma desaceleração da atividade econômica mais acentuada do que a projetada.
A taxa de inflação em 12 meses até março subiu para 11,30%, a maior desde outubro de 2003. Os preços tiveram uma nova alta após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, atingindo diretamente o valor do combustível e alimentos. Na última semana, o mercado elevou a expectativa de alta dos preços ao consumidor até o final deste ano para 7,89, contra 6,97% um mês atrás, cada vez mais distante do teto da meta de 5% do BC.
Esse movimento altista de juros não é exclusividade do Brasil. Ontem também, o Federal Reserve (FED) elevou em 50 pontos sua taxa de juros, ficando agora em uma faixa entre 0,75% e 1% ao ano. Apesar de baixa, comparando ao nível da Selic, essa é maior taxa de juros nos EUA em mais de 20 anos. Após a decisão, o presidente do FED, Jerome Powell, acalmou os mercados ao dizer que os ajustes devem continuar nesse ritmo e, por enquanto, uma alta de 0,75% não está sendo considerada pela autoridade monetária.
Os analistas da B-Link Securitizadora acreditam que podemos ter mais duas altas de 50 pontos nas próximas duas reuniões, finalizando o ano de 2022 com a Selic em 13,75% ao ano. Os sinais inflacionários vindos do exterior ainda vão pressionar demais os preços localmente, obrigando o Copom a buscar meios de frear a inflação. Nossos analistas sempre alertam aos nossos clientes e parceiros das dificuldades de gestão do seu negócio dentro de um ambiente tão volátil e desafiador, que exigem uma necessidade de adaptação, cada vez mais ágil. Nossos posts sempre alertam sobre a importância do gerenciamento do caixa e das diversas alternativas disponíveis que o mercado oferece para as empresas.
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