B-Link Securitizadora: O desafio do COPOM! Aumentar juros e segurar inflação ou manter juros mais baixos para estimular a economia?
16/03/2021

O Ibovespa engata queda nesta terça-feira (16) pressionado principalmente por ações de bancos, mas também com o mercado monitorando a escolha de Marcelo Queiroga como o novo ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro. O quarto a assumir o posto desde o início do atual mandato. Seguem na pauta dos analistas também o início das reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês) nos Estados Unidos e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil., que iniciam as discussões sobre qual o rumo das taxas de juros lá nos Estados Unidos e aqui no Brasil, que serão divulgados amanhã no final de tarde.
No que diz respeito ao cenário brasileiro que o Copom analisará, a tendência é de que a decisão seja para o aumento da taxa Selic, pairando no ar a dúvida da magnitude desse ajuste. O consenso de mercado hoje fala em 50 bps, mas também há analistas apostando em 25 bps e os que defendem um choque ainda maior de 75 bps.
A Inflação vem subindo em um ritmo preocupante, onerando o poder de compra dos brasileiros e tornando o custo de vida mais caro. Um dos responsáveis pela alta nos preços foi a constante valorização do dólar frente ao real. A alta contínua e persistente da moeda americana, contamina os preços da economia como combustíveis, farinha de trigo e minério de ferro. A gasolina mais cara afeta os preços do frete de tudo que é transportado.
Mas por que o dólar subiu tanto? Um dos pontos é justamente os juros baixos, pois com esse cenário, temos um menor interesse por parte de investidores estrangeiros dispostos a entrar com dólares no país, reduzindo com isso a oferta da moeda, elevando seu preço. Na mesma linha dos juros, mas no exterior, temos a alta recente apresentada nos juros americanos, corroborando ainda mais com a decisão dos investidores em manter seus recursos lá fora. Também não podemos deixar de apontar os gastos do governo. O governo brasileiro foi um dos que mais gastaram para enfrentar a pandemia, hoje aproximadamente em 9% do PIB, aumentado a relação dívida pública, que saltou de 74% no fim de 2019 para quase 90% agora. Esse endividamento assusta o investidor estrangeiro, que teme calote do governo e reduz a entrada de dólares no mercado nacional.
Vários analistas apontam que o dólar deveria estar sendo negociado entre R$ 4,50 e R$ 5,00 no máximo, mas com a pressão de curto prazo com o avanço da Covid-19 em todas as regiões do país e com a volatilidade política, o sentimento dos investidores com o Brasil está bem negativo
O resultante de tudo isso, ao nosso ver, é que parece que o Copom não terá muita saída e de fato deve começar a elevar a taxa básica de juros. Esse aumento de juros irá ajudar em um ponto, que é o combate à inflação, mas tem também um efeito negativo: vai deixar mais caros os empréstimos que as pessoas tomam, justamente em um momento de piora de pandemia, com várias cidades instituindo o “lockdown” e com o auxílio emergencial menor e chegando a menos lares.
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