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B-Link Securitizadora: O que esperar de um ano onde a indústria perde força, Covid avança, governo corta auxílio-emergencial e Selic deve subir?

02/02/2021

A indústria brasileira iniciou 2021 perdendo força, afetada pelo menor crescimento de novas encomendas e produção desde meados do ano passado e por maior cautela das empresas, apontou nesta última segunda-feira (01/02/2021) a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). O IHS Markit informou que seu índice PMI caiu a 56,5 em janeiro, de 61,5 em dezembro. Embora tenha permanecido acima da marca de 50, que separa o crescimento de contração, a leitura foi a mais baixa desde junho do ano passado.

Embora a notícia de que o setor industrial brasileiro tenha continuado a expansão em janeira seja bem-vinda, o fato de que o crescimento mais uma vez perdeu impulso emotivo de preocupação. O principal sinal de alerta é uma notável redução do crescimento do índice de novos pedidos, um indicador crucial do futuro das contratações e da produção. Em janeiro, o índice de novos pedidos apresentou crescimento, mas no ritmo mais fraco dos últimos sete meses. Enquanto algumas empresas vincularam aumento no volume de novos pedidos ao fato dos clientes terem antecipado compras por causa de anúncios de futuras altas nos preços, outras disseram que a expansão foi contida pela pandemia e demanda mais fraca pelos produtos.

A produção industrial chegou ao oitavo mês seguido de crescimento no início deste ano, mas o ritmo foi o mais fraco também desde junho passado, diante de restrições à capacidade, escassez de matéria-prima e a crise da Covid-19. Os custos dos insumos para a indústria brasileira aumentaram em janeiro, em meio a relatos de escassez mundial de matéria-prima. A taxa de inflação ficou no nível mais baixo em seis meses, mas, ainda assim, mostrou-se acentuada em relação ao período pré-pandemia.

Buscando controlar as despesas, os empresários optaram por limitar as contratações em janeiro. Com isso, o aumento no índice de emprego foi o mais fraco na atual sequência de sete meses de criação de vagas, o que pode gerar uma preocupação e uma turbulência econômica e política no país.

Vale ficar atento sobre qual será o impacto na nossa já combalida economia entre a combinação da segunda onda da Covid com o fim do auxílio emergencial. O agravamento da epidemia e o fim do auxílio-emergencial são bons motivos para repensarmos a evolução da atividade econômica ao longo de 2021 e suas implicações para a determinação da Selic nesse período. Muito embora hoje tenhamos um consenso dos analistas de mercado que a expansão do PIB deva ficar em 3,50% esse ano, boa parte desse avanço não vem do desempenho em 2021 propriamente dito, mas da comparação de um ano (mais ou menos) normal contra um que registrou inédito colapso da atividade no trimestre março-maio.

Se podemos acreditar que o PIB irá crescer sem muito esforço, através do chamado “carregamento estatístico” dado a inatividade ocorrida em 2020, ainda é incerto como a nova onda de infecções do Covid irá se comportar e os impactos disso na população sem o auxílio governamental. É bem verdade que há vacinas agora, mas, olhando isso de uma maneira pragmática, no ritmo que o processo de vacinação está ocorrendo, onde em muitos casos, nem sequer há seringas suficientes para não falar da vacina propriamente dita, quem imagina uma reversão no quadro sanitário vai se decepcionar amargamente.

Estima-se que perto de 18 milhões retornem aos braços do Bolsa-Família, o que deixaria 40 milhões de pessoas desassistidas. Colocando de outra forma, em novembro o auxílio-emergencial representou transferência de R$ 18 bilhões; já o valor total do Bolsa-Família é inferior a R$ 3 bilhões/mês. Junte agora os dois lados da equação. O agravamento da epidemia deve levar ao maior distanciamento social, não só por força das medidas oficiais, mas do próprio receio, com impacto mais severo sobre o setor de serviços e, portanto, sobre o emprego. Já a redução da renda efetiva deve afetar o consumo de bens, cuja recuperação em 2020 foi bem mais vigorosa.

O Banco Central (BC) parece ciente de tais preocupações, notando na última Ata do Copom que “os riscos associados tanto à evolução da pandemia como ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais podem implicar um cenário doméstico caracterizado por mais gradualismo ou até uma reversão temporária da retomada econômica”. Apesar disso, deixa claro que pode antecipar a primeira rodada de elevação da taxa Selic, do terceiro trimestre para março ou maio.

A acompanhar o desenrolar desses fatores e o que o BC decidirá!

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