B-Link Securitizadora : IPCA avança em Maio e deve frear queda da Selic!

 

A inflação oficial do Brasil subiu 0,46% em maio, taxa acima do avanço de 0,38% registrado no mês anterior, mostram os dados divulgados na manhã desta terça-feira pelo IBGE. Com a variação, o IPCA acumula alta de 3,93% no acumulado dos últimos 12 meses. O avanço é superior à marca de 3,69% registrada até abril. Mesmo com o avanço no índice inflacionário, a inflação continua dentro da meta estabelecida pelo governo de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

Os alimentos foram o principal responsável pela alta, com alta de 0,62% na comparação com abril, onde alguns analistas apontam a tragédia ocorrida no RS como a principal causa pelo aumento.

A aceleração do IPCA em maio e a análise de composição do indicador do mês reforçam a tendência de que o COPOM interrompa na semana que vem o ciclo de queda de juros, segundo opinam alguns economistas. Além do indicador principal ter vindo acima da mediana das projeções, a piora em alguns núcleos e a manutenção das incertezas no cenário externo contribuem para essa projeção.

O mercado nesta terça-feira, que ainda está digerindo a questão do IPCA, também segue os movimentos no exterior, ainda mais no USA, pois hoje antecede uma pauta relevante de dados, que reforça a cautela, com dados de preços ao consumidor de maior e decisão de política monetária, acompanhada de projeções econômicas do Federal Reserve.

Os analistas da B-Link Securitizadora acreditam que a Selic ficará inalterada não só nessa próxima reunião, mas também pelo menos até a próxima. A pressão inflacionária não deve arrefecer obrigando o comitê do Copom a ser mais cauteloso. Temos várias incertezas externas como as questões políticas na França, o desenrolar das guerras e a pressão da alta dos juros americanos, que em conjunto com os gastos para reconstrução da tragédia no RS, devem fazer o IPCA avançar ainda mais no próximo mês.

As empresas precisam se preparar, principalmente com reforço no caixa e matéria prima, para não sofrer com possíveis aumentos pontuais, que sabemos, onde o repasse ao cliente nem sempre é fácil, podendo demorar semanas ou até meses, comprometendo a saúde financeira. Fale com um de nossos especialistas para que possamos juntos, definir a melhor estratégia para enfrentar esse momento e até, aproveitar potenciais oportunidades.

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